Mais uma semana,
tenho curtido muito cada dia em sala de aula, continuo com as visitas de
campo nas quintas-feiras. Cada dia eu tenho me sentido como parte do grupo
escolar, as professoras nos colocam no meio das conversas, tem sido muito
divertido. Chegando, eu já vou direto para a sala dos professores, na parte
da cozinha, para esperar a Carol e Priscila, outras bolsistas Pibidianas,
sempre converso com as professoras que ficam por lá, me sinto muito bem
acolhida. Quando as meninas chegaram ficamos no pátio esperando dar a hora de
buscar as crianças. Quando fomos buscá-las
no portão, aguardamos um pouco, enquanto a professora Evelyn conversava com a
mãe de um aluno novo que usava um auxílio em uma das pernas, pois o correto é
haver uma pessoa responsável para acompanhá-lo, ao descermos para o pátio
para o momento do café, a professora nos avisou sobre ele.
Quando chegamos na
sala de aula, me deparei com as casas das letras do alfabeto já coladas na
parede, achei a coisa mais linda. De início a professora apresentou o aluno
novo, perguntando a idade e o levando até a porta para ver se ele já
reconhecia os números, ele nem contou os números, ele foi logo apontando para
o número da idade dele, a professora aproveitou e fez com todos os outros 7
alunos que estavam presentes, alguns contaram desde o número 0 (zero) para
chegar ao número de sua idade, outros, acho que 2, foram direto ao número
correto, porém um não sabia sua idade, então a professora falou para ele
perguntar para a mamãe
quando chegasse em casa, pois era uma informação importante que ele
precisava saber, teve outro aluno que ficou com dificuldade na hora de
contar, pois ainda tem muita dificuldade para reconhecer os números, então
ele sempre conta para dizer qual o número, porém dessa vez ele estava
contando o 0 (zero) como o número 1, então sempre chamava o número 5 de 6, e
a professora afirmava que era o número 5, então ele começava novamente e
persistiu no mesmo erro, então a prof. contou junto com ele, mostrando onde
ele estava errando.
A professora
apresentou as casinhas já feitas nas aulas anteriores, revisando com eles as
palavras que se iniciam com as sílabas, as crianças lembraram de muitas
palavras, as vezes falavam palavras que não tinham nenhuma ligação com a
sílaba, mas algumas tinham a sílaba no meio da palavra, como na sílaba CI,
falaram saCI, ao terminarem de falar palavras para todas as sílabas da casa
do B e do C, a professora cantou com eles a música do tomate e do Caqui, que
eles eram amigos e muito parecidos, a seguir ela escreveu as duas palavras
com ajuda das crianças, perguntando as letras que precisa para formar os sons
da palavra. A palavra “Caqui”, foi difícil, então a professora deu uma
ajudinha e explicou como é feito o som QUI, já o tomate, por serem sílabas
simples, eles foram pensando e arriscando as letrinhas as vezes iam percebendo
o som da consoante e outras da vogal, depende de qual som é mais fácil de ouvir
e reconhecer, a professora ia colocando a letra q eles falavam e conferindo como
o som saía, por exemplo, se uma criança falava a letrinha O, a professora
colocava e perguntava "tomato?", aí as crianças riam repetindo como
a palavra ficava e diziam que não, tentaram A também, "Tomata?", depois
das tentativas ficavam felizes quando acertavam.
Ao completarem a
escrita das duas palavras, a professora marcou o dia no calendário,
ressaltando que estamos no início do mês de Maio, então um dos alunos falou
do IO presente na palavra, então a professora escreveu outras junções de
vogais para ver se eles reconheceriam, como OI, AI e UI, eles reconheceram,
foi fofos, porquê para eles foi como se já estivessem lendo, o que realmente
aconteceu, pois com as letrinhas já conhecidas é mais fácil codificar.
Depois a professora colou o cartaz com o
alfabeto e começou a recapitular as letrinhas junto com os alunos, repetindo
muitas vezes até eles falarem sozinhos. Depois partiu para algumas atividades
no livro, trabalhando logo de início a autonomia de encontrar a página
sozinho e o número das questões que precisam ser feitas. Depois a professora
cantou a música da calça rasgada enquanto a professora de educação física não
chegava, cada aluno ia sendo citado na música, e era cantado que a pessoa foi
para a escola com a calça rasgada, ficando de cueca/calcinha de fora, e na
hora que falava “viiiish que vergonha”, o aluno tinha que abaixar a cabeça
por um momento, todos participaram, até nós, estagiárias, e a professora
Evelyn, todos riram muito. Ao meu pedido, a professora
Evelyn cantou a música do calendário, todos já estão bem ensaiado, sempre
cantam na hora certa, e quando a professora terminou a musica e perguntou se
eles gostavam da música, todos
disseram que sim, até o aluno novo
repondeu com bastante entusiasmo que gostou da musica.
Quando a professora
de educação física chegou, a professora explicou sobre o aluno novo e o auxílio
que ele tem em uma das pernas. Quando chegamos na sala dos professores, eu
apresentei para a prô Evelyn, um jogo que já havia comentado com ela pelo Whatsapp,
eu fiz um jogo de pares, que trabalha as sílabas, ela perguntou se seria
trabalhado aliteração também, porém eu não sabia o que era, e então ela
explicou para a Carol e eu, como sempre, tenho aprendido coisas novas com a
‘prô’ Evelyn. Então depois de entender o que é Aliteração, eu me comprometi a
trazer mais imagens para que ocorresse a aliteração, mas a professora falou
que muitas vezes nem precisa de mais imagens, e que com as imagens trazidas
já era possível encontrar.
Depois
conversamos sobre uma sondagem que a professora está planejando fazer e que
por coincidência nós, Pibidianas, precisamos fazer para um trabalho da
faculdade, então tudo conciliou, ajudaremos a professora aplicando e
acompanhando a sondagem, o que também contará como regência para o estágio.
Quando
retornamos para a sala de aula, depois do intervalo, retomamos as atividades
do livro de matemática. Todos os exercícios trabalhavam análise de imagem e
afirmações, quantidade e probabilidade.
Quando todos terminaram as atividades do livro, a professora fez
algumas perguntas comparando objeto para saber se eles tinham noção de grosso
e fino, para ver também se eles haviam assistido em casa o videozinho sobre
grosso e fino, que ela tinha passado na semana. A seguir foi passado um
joguinho de palavras, havia uma “placa” com 12 envelopes com palavras dentro,
as crianças precisavam jogar os dados, somar os números para saber o número
do envelope e descobrir a palavra secreta. Dentro de cada envelope possuía
letrinhas embaralhadas e uma imagem da palavra secreta, e as crianças, em
duplas, precisavam tentar desembaralhar para formar as palavras. O jogo durou
até o momento de ir embora.
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