No dia 17 de fevereiro de 2022, a aula teve início com a contação de história do livro “Do outro lado da rua” de Cris Eich. O diferencial da obra escolhida é que não há textos, apenas ilustrações. Foi interessante observar como a contação foi realizada, pois nunca havia presenciado tal momento com um livro como este.
Foi notório a importância de colher informações dos alunos a cada imagem mostrada e ir conduzindo-os na interpretação correta da ilustração a partir da análise dos detalhes. Além disso, coube a professora entusiasma-los com a leitura e despertar diversas outras emoções.
Após este momento de leitura, a Evelyn começou um processo de recordação das sílabas complexas que os alunos já haviam anteriormente aprendido. Para isso, a professora escreveu na lousa as sílabas Ba, Be, Bi, Bo e Bu, bem como as sílabas Cá, Ce, Ci, Co, Cu. Em seguida, solicitou que as crianças vernalizassem como essas sílabas normais se tornariam com a inclusão do R entre cada uma delas.
Dando continuidade a atividade sobre sílabas complexas, a professora incentivou que os alunos dissessem palavras que tivessem essas sílabas em sua estrutura. Dentre as palavras ditas e sugeridas, a professora escolhia uma e fazia a escrita em conjunto com a turma na lousa.
Partindo para o livro didático, os alunos tiveram uma atividade envolvendo o calendário e suas datas de aniversário. De toda a turma, apenas dois alunos sabiam o dia e o mês que faziam aniversário. Sendo assim, a professora pegou sua relação e ia dizendo quais alunos faziam aniversário em determinado mês e qual dia cada um fazia.
Passando para a próxima página do livro, era apresentado que os alunos ganhariam um presente e para recebê-lo deveriam ir até uma das páginas finais do livro. Ao chegarem na página solicitada, os alunos encontraram um livro e a professora fez com eles a contação da história. Foi interessante ver a forma dinâmica e que desperta interesse que o livro didático apresentou a leitura que seria realizada, contribuindo assim para o engajamento da turma na atividade proposta. Dado o momento do intervalo, todos saíram de suas salas, higienizaram as mãos e foram almoçar e brincar.
Quando o recreio havia terminado e os alunos precisavam fazer fila no chão aguardando a chegada do professor, estava muito barulho e a diretora interveio. Após conversar com os alunos algumas vezes sem sucesso, ela fez com os alunos um grande coral para chamarem os professores através das músicas “Borboletinha” e a do “Indiozinho”. Incrível foi ver como a tática funcionou e os alunos ainda se divertiram. Retornando à sala de aula, os alunos realizaram atividades interpretativas sobre o livro lido e ilustraram o muro que aparecia na história, usando a criatividade e os detalhes fornecidos pela história.
É incrível perceber na prática o efeito que todas as indicações que os documentos e estudos norteadores da educação possuem. A leitura é uma competência importantíssima e o prazer por esta prática deve ser enfatizado. O mais interessante na contação de histórias da professora Evelyn é perceber que ela incita os alunos a interpretarem o texto, discutindo com eles ao longo da contação e instigando assim o senso crítico e a criatividade. Além disso, a atmosfera calorosa propiciada neste momento de contação, a conversa sobre o livro que está sendo lido, a permissão da professora para que os alunos selecionem diferentes materiais de leitura do seu interesse fazem parte das estratégias sugeridas nos módulos estudados durante a semana, em especial o ministrado pela Profª. Drª. Ana Costa, investigadora na Universidade do Porto
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