sexta-feira, 2 de abril de 2021

Relato de experiência - ano letivo 2020 (bolsista Fernanda Figueiredo)

 

                                                                   Foto: arquivo pessoal                                                    


Relato de Experiência

Durante o segundo semestre do ano de 2020, como acadêmica de Pedagogia, junto com outras colegas do curso, fui desafiada e aprovada para contribuir com o PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. O projeto é financiado pela CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e estabelece uma parceria entre escola pública e Instituição de Ensino Superior visando à capacitar alunos de licenciatura promovendo um diálogo com a escola pública. No curso de Pedagogia do Unasp-SP, o programa é coordenado pela professora Diane Eire Bizo. Na escola parceira a supervisora responsável pelas orientação às licenciandas é a  professora Evelyn Melo Oliveira.

A proposta do programa consiste em desenvolver projetos de Alfabetização e Letramento que impactem e produzam resultados significativos à turma do 1º ano do Ensino Fundamental da escola da escola pública parceira.

Os relatos apresentados nesse documento são vividos e descritos por minha experiência própria e individual como participante ativa e direta do processo de construção e aplicação do Projeto PIBID. Dentro desse relatório, descreverei sobre a minha visão no decorrer das reuniões e atividades que realizamos durante os primeiros meses de participação no projeto.

 

DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

No ano de 2020 fomos afetados pela pandemia do Covid-19. Isso resultou em uma grande mudança na rotina e vida de todas as pessoas no mundo inteiro. Para evitar que o vírus se propagasse ainda mais, nossos governadores optaram por tomar medidas drásticas; o que resultou em um Lockdown inicial; que em português significa um “bloqueio total ou confinamento” e é um protocolo de isolamento que geralmente impede o movimento de pessoas ou cargas. A adesão ao período de quarentena gerou grandes transtornos no Brasil inteiro. Inclusive, no campo da Educação, pois muitos pais, alunos e professores precisaram se readaptar à nova realidade de estudar e ensinar em casa.

No início do segundo semestre de 2020, fomos contempladas com as bolsas do projeto PIBID. Porém, ao mesmo tempo, fomos desafiadas a desenvolver o projeto de forma on-line; pelo menos até o processo da quarentena acabar e as aulas retornarem presencialmente. Por esse motivo, iniciamos os nossos encontros de forma remota e fomos orientados que permaneceríamos nessa modalidade até a situação normalizar.

 

INÍCIO DOS ENCONTROS

Estávamos na expectativa do início do programa acontecer em agosto, mas com a ampliação da quarentena, as reuniões de agosto foram canceladas e transferidas para o mês de outubro.

 

 

ANÁLISES DO MÊS DE OUTUBRO

Nosso primeiro encontro remoto aconteceu dia 08 de outubro de 2020. Fomos de fato apresentados ao programa PIBID e recebemos as boas-vindas dos coordenadores e organizadores do projeto. A primeira reunião, foi TRICAMP, ou seja, os três campi do UNASP se reuniram de forma on-line para receberem as primeiras orientações.

Nessa reunião, nos foi explicado sobre o processo de encontros remotos devido a pandemia do Covid-19. Cada campus, deveria se reunir (ao menos) uma vez por semana para conversarem e organizarem as ideias para a aplicação dos projetos e subprojetos nas escolas contempladas.

Na terceira semana de outubro as alunas bolsistas foram convidadas a participarem de uma reunião junto ao conselho de gestão e docência da escola parceira. A pauta da reunião, era a decisão de apoiar ou não o retorno presencial às aulas, visto que nessa época, o governo de São Paulo havia liberado uma liminar autorizando o retorno mesmo com a pandemia ainda em alta. Em unanimidade, os responsáveis pela unidade escolar votaram por não retornarem presencialmente; e, continuarem com suas reuniões e transmissões de conteúdos on-line.

Em nossa primeira reunião com as professoras coordenadora e supervisora, conversarmos sobre as experiências da professora Evelyn (regente 1º ano) durante o processo de alfabetizar em tempos pandêmicos. Seus alunos foram orientados a utilizarem uma plataforma on-line para acompanhamento das atividades e explicações. Além disso, o governo do estado disponibilizou alguns materiais físicos para auxiliar os pais e alunos nesse período de ensino à distância.

De fato, muitos alunos apresentaram baixo rendimento escolar; na maior parte vezes por falta de acompanhamento dos próprios pais. Além disso, a escola está localizada em uma região periférica do extremo sul da cidade de São Paulo; o que dificulta o acesso à internet e a aparelhos tecnológicos. Isso gerou uma grande defasagem no aprendizado dos alunos e no acompanhamento por parte dos pais e responsáveis.

 

ANÁLISES DO MÊS DE NOVEMBRO

O mês de novembro, foi de constantes encontros e discussões sobre o desenvolvimento do projeto ainda de forma remota. Fomos orientadas a ler, estudar e desenvolver sínteses críticas sobre a PNA – Política Nacional de Alfabetização, que é um documento desenvolvido e apresentado pelo Ministério da Educação que contém informações sobre a ação de trabalhar a alfabetização com qualidade. As análises e discussões sobre as leituras foram feitas através de encontros semanais remotos.

Após semanas de tentativas, a professora supervisora manteve o seu triste relato quanto a dificuldade no contato com os pais e alunos; além disso, muitos responsáveis realizavam as atividades no lugar dos seus filhos, o que desencadeou uma dificuldade ainda maior no aprendizado das crianças. Com isso, se tornava praticamente impossível identificar os avanços e o verdadeiro desenvolvimento das crianças.

Nos encontros seguintes, discorremos sobre a contextualização da PNA e suas explicações. Compreendemos a importância das fases do desenvolvimento infantil e principalmente do processo de aprendizagem da leitura e da escrita.

Na última reunião do mês, tivemos a participação da professora Pamela, que atua no 2º ano da escola parceira, nossa escola parceira no projeto. A professora se formou em Maringá – PR no ano de 2008 e está na escola há 6 anos. A mesma já atuou na escola particular e pública e por isso, tinha bastante experiência da diferença das duas realidades para contar. Dentro disso, também nos contou sobre a dificuldade em sua experiência própria de alfabetizar à distância durante a pandemia.

 

ANÁLISES DO MÊS DE DEZEMBRO

Em nossa primeira reunião do mês, apresentamos e discutimos ideias para o desenvolvimento e aplicação do projeto que abordaria também a vertente “Educomunicação que visa a melhoria do aprendizado comunicativo dentro e fora da escola.

Durante o mês de dezembro, lemos e discorremos sobre diversos artigos acerca do tema “Educomunicação” e aprendemos que ações educomunicativas podem contribuir de forma significativa com os processos de alfabetização e letramento.

 

CONCLUSÃO

 

A pandemia do Covid-19 trouxe grandes desafios para o ano de 2020, principalmente na área da Educação. Transformar nossos lares em salas de aula nos proporcionaram momentos de angústia e desespero. Tanto para os professores quanto para os alunos. Participar do PIBID, mesmo que em pouco tempo, causou o anseio de buscar melhorar o desempenho dos alunos que estão passando por esse difícil modo de aprendizado, principalmente no início do processo estudantil.

Os encontros, mesmo que de forma remota, geraram conhecimento e desejo pela busca e pela vontade de aprender e inovar na área da Educação. Uma das formas de inovação, é o conhecimento e aperfeiçoamento das técnicas de Educomunicação que podem, devem e serão usadas nessa fase de conciliação entre Alfabetização e aulas on-line.


Fernanda Figueiredo

Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid)

Estudante do 5o semestre de Pedagogia - Unasp-SP

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