O que aprendo a cada visita feita na escola pública é que podemos ler todos os livros possíveis sobre alfabetização, mas nenhum deles irá te preparar para ver o que vemos, de verdade, em sala de aula. As provas diagnósticas são apenas dados e classificações feitos em massa, o que nenhum livro mostra é o comportamento individual de cada criança na hora de apender a ler e escrever. Parece super óbvio falando assim, mas a realidade choca e surpreende muito.
O
aluno no nível garatuja eu o considero como um combo de aprendizado. Ele não
apresentou nenhuma dificuldade nas demais áreas e aparenta ser um aluno comum,
o que eu imagino e me preocupa é o atraso, que pode ter haver com a falta de
contato com a pré-escola, seja por conta da pandemia ou seja por conta dos
próprios responsáveis.
Como o
próprio documento PNA diz: “Ficou demonstrado que quanto maior o envolvimento
dos pais na etapa da educação infantil (por meio da leitura em voz alta e de
conversas mais elaboradas com seus filhos, por exemplo), mais habilidades de
literacia a criança poderá adquirir. O relatório tratou também das habilidades
fundamentais para a alfabetização desenvolvidas na pré-escola, como o
conhecimento do nome, dos sons e das formas das letras e a aquisição da
consciência fonológica e fonêmica (NATIONAL EARLY LITERACY PANEL, 2009)”. Outro
ponto super interessante é sobre a literacia familiar, que diz: “O êxito das
crianças na aprendizagem da leitura e da escrita está fortemente vinculado
ao ambiente familiar e às práticas e experiências relacionadas à linguagem, à
leitura e à escrita que elas vivenciam com seus pais, familiares ou cuidadores,
mesmo antes do ingresso no ensino formal”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário