quarta-feira, 14 de abril de 2021

Diálogo entre teoria e práxis - relato da bolsista Cecília

 

O que aprendo a cada visita feita na escola pública é que podemos ler todos os livros possíveis sobre alfabetização, mas nenhum deles irá te preparar para ver o que vemos, de verdade, em sala de aula. As provas diagnósticas são apenas dados e classificações feitos em massa, o que nenhum livro mostra é o comportamento individual de cada criança na hora de apender a ler e escrever. Parece super óbvio falando assim, mas a realidade choca e surpreende muito.

       O aluno no nível garatuja eu o considero como um combo de aprendizado. Ele não apresentou nenhuma dificuldade nas demais áreas e aparenta ser um aluno comum, o que eu imagino e me preocupa é o atraso, que pode ter haver com a falta de contato com a pré-escola, seja por conta da pandemia ou seja por conta dos próprios responsáveis.

         Como o próprio documento PNA diz: “Ficou demonstrado que quanto maior o envolvimento dos pais na etapa da educação infantil (por meio da leitura em voz alta e de conversas mais elaboradas com seus filhos, por exemplo), mais habilidades de literacia a criança poderá adquirir. O relatório tratou também das habilidades fundamentais para a alfabetização desenvolvidas na pré-escola, como o conhecimento do nome, dos sons e das formas das letras e a aquisição da consciência fonológica e fonêmica (NATIONAL EARLY LITERACY PANEL, 2009)”. Outro ponto super interessante é sobre a literacia familiar, que diz: “O êxito das crianças na aprendizagem da leitura e da escrita está fortemente vinculado ao ambiente familiar e às práticas e experiências relacionadas à linguagem, à leitura e à escrita que elas vivenciam com seus pais, familiares ou cuidadores, mesmo antes do ingresso no ensino formal”.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O cotidiano da volta às aulas 2022

       No dia 17 de fevereiro de 2022, a aula teve início com a contação de história do livro “Do outro lado da rua” de Cris Eich. O difere...